Grupo Educa[dores]: um espaço para o professor no Facebook

Há tempos que eu vinha alimentando a ideia de criar algum tipo de interface virtual dedicada ao professor, para que ele pudesse se expressar, compartilhar experiências e estreitar laços com seus pares de profissão e também com seus alunos. Então, veio o feeling de criar um grupo no Facebook inteiramente dedicado ao educador, e assim foi feito. No dia 19 de junho de 2012, nasceu o grupo Educa[dores], que já conta com a impressionante marca de 293 membros em 3 dias.

O professor tem muito a dizer. Suas experiências, saberes e opiniões não podem continuar em silêncio. Para mim foi uma enorme surpresa a repercussão do grupo e o quanto ele é movimentado, promovendo o debate em torno de uma das mais difíceis e belas causas que um ser humano pode abraçar: a educação.

Fica então a dica para os colegas que quiserem se juntar a nós. O link do nosso grupo é: http://www.facebook.com/groups/322834681136102/. Desde já, serão muito bem-vindos!

Aquele abraço.

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Assim caminha a humanidade…

Infelizmente, parece que a coisa na Rio +20 está tomando uma direção previsível, porém potencialmente desastrosa para o futuro do mundo. A televisão noticiou hoje que os chefes de estado presentes no evento decidiram não alterar a versão final do documento que sinaliza as intenções e compromissos das grandes nações do planeta com relação ao meio ambiente. O documento é visto pela opinião pública como pouco audacioso e reticente no que concerne à sustentabilidade. O mais “interessante” é que se adiou para 2014 a discussão acerca de quem vai pagar a conta pela assim chamada “economia verde”, algo que desbancaria interesses imediatos do capitalismo em prol da manutenção das condições de vida na Terra, com sua crescente população e consumo dos recursos naturais.
Em suma, resolveu-se empurrar a questão com a barriga, postergando para o futuro decisões emergenciais. E por que em 2014? Será que é porque será ano de Copa do Mundo, quando as pessoas de todo o globo ficam devidamente distraídas com relação ao processo de tomada de decisões?
Parece que mais uma vez vamos assistir impotentes (?) aos efeitos da incapacidade gerencial e – por que não dizer – humana de nossos chefes de estado. Ah, sim. Quem vai pagar a conta pelo processo de exaustão sistemática e irreversível da nossa casa planetária? Somos todos nós, as gerações presentes e futuras da Terra. Que Deus nos ajude.

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Ê, saudade…

Ê, saudade…

Eu sinto saudade. Faz parte de ser gente sentir aquele aperto no peito, aquele nó na garganta, pela simples lembrança de quem não está mais aqui ou do que já passou.
A casa em que eu nasci, e onde passei os primeiros anos da minha infância.
As bisnaguinhas com presunto e queijo que minha avó paterna fazia à tarde. A voz forte dela chamando todos os netos. Mas tinha que lavar as mãos primeiro.
Minha bisa sentada na cadeira lendo “Júlia” e “Sabrina”.
Meu pai antes da bebida.
Eu e minha mãe fazendo bola de sabão com talo de carrapicho.
Meu disco do Balão Mágico, da Arca de Noé e da Casinha de Brinquedo.
A saudade é um sentimento que nos humaniza. Ela não se prende ao desejo de conhecer terras distantes ou pessoas famosas (isso não significa nada!), mas nos pega pela mão e nos conduz pelas veredas da memória, trazendo à tona pessoas, lugares, cheiros, sons…
Minha bisa comigo ao colo, me ensinando a rezar. Eu com as mãos postas sob as mãos quentes dela, sem entender nada das palavras da oração, mas sabendo que se tratava de algo muito importante.
O cheiro do café passado, todo dia de tarde.
Os sons longínquos da risada dos meus primos.
Eu sinto saudade.
Dos meus honrados ancestrais, que não estão mais na Terra.
Das crianças que eu amei e que já cresceram.
Dos amigos que já tive mais perto.
Sinto saudades de mim.
E quando a saudade chega, eu não a reprimo. Paro um pouco o que estiver fazendo e deixo a nostalgia passar. Pois são esses breves momentos que me lembram que estou viva. Um dia, quando meu filho for um homem feito, acho que ele também vai se deixar ficar por alguns minutos a se se lembrar em silêncio de nós dois balançando na rede e cantando as músicas da Galinha Pintadinha. E será nesse momento que ele terá a certeza que sinto agora: a de que todos nós, tenhamos sido felizes ou não, fomos importantes para alguém.

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Instantes de prece

Gostaria de não me perturbar com as intempéries da vida, amparada por uma fé inquebrantável na Divina Misericórdia.

Quisera não me abalar diante das aparentes e atrozes injustiças que todos os dias se abatem sobre nossas vidas através dos noticiários ou do simples exemplo próprio ou de quem está bem ao lado. 

Adoraria me ser possível sempre aliar os conhecimentos que já possuo à resolução dos enormes desafios da existência, cujo repertório de provações por vezes me faz duvidar de minhas possibilidades.

Sentiria um júbilo indescritível se pudesse ser considerada um exemplo de conduta cristã, mas ainda me custa dominar os aspectos mais sombrios da natureza. Não raro, vou ao chão.

Seria ótimo poder, em todos os momentos, trilhar com segurança os tortuosos caminhos da vida, sem titubear diante dos numerosos obstáculos que se interpõem entre a vontade e a realidade. Mas a nuvem do esquecimento turva os meus olhos e fico a me perguntar se estou conseguindo cumprir os compromissos assumidos quando de minha lucidez plena ou se estou novamente desperdiçando a preciosa oportunidade do recomeço.

Quanto ainda me falta para aprender a trilhar o saudável caminho do meio! Ouviu Buda, antes de atingir a iluminação e no auge dos sofrimentos físicos e mentais que se auto-infligia por acreditar ser este o melhor meio para a tomada de consciência, a seguinte frase, proferida por um mestre que ensinava o discípulo a tocar um instrumento musical: “Se a corda ficar muito esticada, ela se rompe, e se ficar muito frouxa, ela não toca”. E isto lhe trouxe a paz do entendimento.

Venho ao Pai hoje para pedir-Lhe a difícil intersecção de me conceder um pouco de paz mesmo em face de tudo o que ainda não posso entender, e um pouco de luz mesmo diante de tantas verdades ainda veladas para mim. Peço-te que me afaste do fracasso. E reitero o meu espírito de serviço para com a causa do Bem.

 

 

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Até onde chega a indigência moral humana

Preciso compartilhar com vocês minha indignação quanto a um fato noticiado hoje, 10 de janeiro de 2012, pelo JPB 1a edição. Uma mãe de família doente em virtude da infecção de um dente recentemente extraído foi ao Hospital Pedro I, em Campina Grande, e teve o atendimento médico negado. Pouco depois, veio a falecer dentro de um carro, e como se não bastasse, ainda teve seu corpo despojado em uma calçada por 4 horas. 
Já fui a este hospital com meu esposo, que também teve o atendimento negado pelo mesmo motivo alegado pelo hospital para não atender a esta senhora: faltariam médicos especializados para tratá-lo em sua necessidade, que era uma simples crise estomacal.
Um hospital incapaz de tratar uma dor de estômago deveria fechar as portas. Um hospital que deixa uma mãe de família morrer à míngua dentro de um carro deveria fechar as portas. 
A família moverá, junto ao Ministério Público, uma ação judicial contra o hospital, e eu espero que a causa seja favorável a ela. Contudo, nesse mundo em que o dinheiro e a posição social valem mais do que a vida humana, infelizmente tenho minhas dúvidas.
Mas há algo de que eu tenho a mais inabalável certeza. Essa mãe pode ter morrido desvalida dos ingratos da Terra, mas certamente teve o apoio incondicional e irrestrito dos Amigos do Alto em seus momentos finais, e passa para o Mundo dos Espíritos na condição de quem resgatou com êxito um débito muito grande do passado. Que as bênçãos de Deus recaiam agora e sempre sobre ela e sobre a saudosa família que ainda permanece entre nós. E que esse mesmo Deus de amor tenha misericórdia da nossa miséria moral.

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Eterno devir

Ganhei uma rosa branca de um dos funcionários da universidade. Um gesto inesperado de apreço em plena segunda-feira. Fui pega envaidecida pela singela homenagem, deixando feliz aquele que me ofertava. Mas logo essa felicidade se pôs a cobrar seu preço.

Eram todas vãs as minhas tentativas de adiar o inexorável. Coloquei a rosa dentro d’água e a protegi da luz do sol. Deixei-a quieta no seu canto, do alto de sua exclusiva garrafa de água mineral. Mas não adiantou. Ao término da manhã, ela pendia murcha e manchada de morte, mesmo que seu perfume ainda preenchesse a sala com impressionante teimosia.

Foi quando entendi o supremo egoísmo da humanidade em querer capturar tudo quanto for puro e belo nos calabouços solitários de pequenas coleções particulares. Raramente permitimos que aquilo que é nobre fique onde está e cumpra seu papel. Queremos subjugar a beleza no afã de eternizá-la num gesto. Num momento. No alcance do nosso olhar. Aquela rosa por um momento agraciou minha vaidade. Mas a beleza não se permite castrar, punindo seu agressor com a efemeridade. A minha rosa se recusou a enfeitar a minha casa.

Passei então a fazer fotos de flores. Fotos noturnas e diurnas. Em ambientes internos ou externos, com o sem iluminação apropriada. Apenas capturo o momento, sem vilipendiar sua fonte. Minhas rosas estão todas no pé. Vicejando tranquilas, vermelhas, brancas, rosas e amarelas. Enquanto o instante existir.

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Eterno devir

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O contraste de ser mulher

Prefiro acreditar que Deus não tem nada a ver com a divisão do trabalho quando o critério é gênero (ou qualquer outro que demove a humanidade…). Pois quando se é mulher, lá vêm aquelas velhas dicotomias – e contrastes – de sempre, mas que nem por isso deixam os nossos miolos em paz.

  • Você tem que escolher entre ser uma mãe dedicada e uma profissional de destaque – porque os dois juntos vão levá-la ao hospital, ao psiquiatra ou quem sabe até à Justiça.
  • Seja qual for a opção escolhida – entre ser mãe em tempo integral ou profissional respeitada -, fatalmente vai ter de se acostumar com um velho conhecido: o sentimento de culpa. Se vamos cuidar dos filhos, às vezes nos pegamos pensando em como teria sido diferente se… e a culpa não nos deixa nem concluir a frase. Mas se optamos pelo lado profissional, ardemos de culpa quando deixamos nossos filhos em casa, acompanhados por estranhos e/ou entrando para a escola antes mesmo de sair das fraldas.
  • Se somos donas-de-casa, nossos companheiros nos tratam como empregadas (que curiosamente dispensam salário), ao passo que se perguntam como nós aguentamos ficar o dia inteiro em casa sem fazer nada. Se trabalhamos fora, eles se queixam da nossa “negligência” e não conseguem encontrar um elefante dentro da gaveta do armário.
  • Mulher que trabalha fora tem jornada tripla. Mulher que trabalha em casa… não trabalha.
  • Quando a mulher chega do trabalho, ainda vai cuidar da casa, dos filhos e do maridão… enquanto ele se esparrama no sofá em frente à televisão porque está muito cansado – e quer saber o que tem para jantar.

Ah, e quando todo mundo vai dormir, aí sim você vai poder se dedicar ao trabalho que trouxe para casa já para o dia seguinte.

Portanto, creio que depois de tudo isso ninguém nunca mais precisará ouvir que para o venerável pai da Psicanálise, Sigmund Freud, a mulher é um macho castrado. Credo!

 

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Algumas notas sobre o perdão

Já parou para pensar que aqueles que causaram os maiores sofrimentos para a sua vida foram também aqueles que mais lhe ensinaram a viver? Pensando assim, não faz muito sentido você ficar perdendo tempo e energia maldizendo a hora em que conheceu o seu desafeto, não é mesmo?

O adversário de hoje pode ser o amigo de amanhã.

A prática do perdão pode ser das mais difíceis, mas é a única forma de aplacar um coração torturado, para que possamos todos seguir em frente.

No entanto, só há o que perdoar quando existe uma suscetibilidade ferida. Quando não é o caso, tudo o que nos compete fazer é saber compreender e silenciar ante os equívocos alheios.

Se lhe parece muito difícil agir assim, ore a Deus, para que Ele, que é todo amor e entendimento, ajude você a aceitar o que ainda não consegue compreender. A mesma luz que abranda o coração é aquela que pode esclarecer também o seu antagonista. Portanto, inclua-o em suas orações.

E se já consegue vivenciar uma experiência de perdão genuíno e sincero, ore a Deus em ação de graças, pois muitos são os que seriam capazes de tudo para punir o desacato, mas bem poucos aqueles que, por reconhecerem suas próprias imperfeições, concluem que não há o que perdoar.

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Uma cultura de paz não se constrói com pedras

Hoje, domingo, 27 de novembro de 2011, depois de mais uma semana de árduas lutas, resolvi sintonizar o programa “O Consolador”, transmitido pela rádio Cariri AM (1160 KHz), em busca do que seu próprio nome indica – consolação, repasto para as dores da vida, através da palavra amiga e esclarecedora dos adeptos da Doutrina do Amor, que é o Espiritismo.
Contudo, não pude deixar de me chocar com algumas colocações da entrevistada de hoje, a nobre professora Socorro Paz, acerca da importância da família para a construção de uma sociedade melhor, mais apta a trazer para o campo da experiência os preceitos de uma Cultura de Paz. E é por esse motivo que registro aqui essas minhas palavras, sem ter com relação a elas outra pretensão que não seja a de desafogar o coração.
É inegável a relevância da convivência entre pais e filhos para que se edifique nesses últimos a base forte da cidadania, mas não podemos negar o fato de que, quanto a esta questão, também interferem aspectos outros, não necessariamente relacionados com a vontade ou com o nível de consciência dos pais. Infelizmente, o Reino de Deus ainda não veio para o nosso mundo, e precisamos pagar – e muito caro – para sobreviver e sustentar nossos filhos, não apenas no que diz respeito às suas necessidades espirituais, mas também àquelas ligadas ao plano físico.
Também sou professora universitária, não efetiva nem doutora como a entrevistada, por esse motivo tendo de trabalhar dobrado para perfazer as necessidades básicas de minha família. Conheço bem o dilema da aluna grávida que foi procurar a professora por confiar nela e admirá-la, sequiosa não por uma solução, mas por uma palavra de conforto.
Lamentavelmente, a nobre professora perdeu uma ótima oportunidade de exercer com essa aluna, que vivenciava as angústias e conflitos da gravidez de uma mãe que, além de trabalhar fora, ainda estudava à noite, de exercer a caridade, bandeira maior da Doutrina Espírita. Fico feliz que Socorro Paz faça parte dessa doutrina, pois certamente tem muito o que aprender com ela.
Além de professora e esposa, sou mãe de um bebê de quase dois anos que convive muito pouco comigo, por eu ter de trabalhar tanto. Compreendo que alguém pertencente à classe A tenha dificuldade em avaliar as atitudes e alcançar o ponto de vista de quem precisa lutar para sobreviver, mas considero que falar em uma rádio que pode ser ouvida em qualquer parte do mundo – visto que o programa “O Consolador” é transmitido também pela Internet – é tarefa de bastante responsabilidade, e deveria ser feita com muito amor. Se não pela doutrina, ao menos pelo ser humano. Pois só eu e Deus sabemos o que sinto quando tenho de deixar meu filho na casa da avó para passar o dia educando os filhos dos outros.
Não teria sido mais cristão responder à jovem grávida algo como o que Chico Xavier falou em gravação na abertura do programa? “Tenha fé, pois tudo passa”. Interessante observar que a passagem do Evangelho comentada pela distinta professora em sua entrevista, a da mulher adúltera, também se prestaria ao embasamento de uma urgente reflexão por parte dela própria e de todos nós. Lembremos que a sociedade dispunha de respaldo legal para dilapidar em praça pública a mulher que carregava nas costas um dos piores “pecados” da época: o adultério. Ao invés disso, Jesus sensibilizou os circunstantes para o não-julgamento, ao afirmar que somente aquele que não possuía faltas estava autorizado a atirar a primeira pedra.
Finalizo essas minhas palavras com um pedido. Não falemos, ao modo de fariseus, daquilo que não vivenciamos. O pior desserviço que podemos prestar à causa de se erigir uma Cultura de Paz, tão necessária e bem-vinda para pôr ordem no caos social que aí está, é acusar os outros e não valorizar ou ao menos respeitar sua experiência. Duvido muito que Jusus teria devolvido a pergunta da jovem grávida – “O que faço para criar meu filho?” com outra – “Você já escolheu quem vai ser a mãe dele?”. Creio que o melhor que podemos fazer é contunuar no aprendizado fundamental: o do Amor.

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